Os impactos que a pandemia trouxe para o setor de eventos

A pandemia do novo Coronavírus (Covid-19) trouxe um caos para a economia. Com as medidas de isolamento social, impostas para tentar deter o avanço rápido do contágio, setores responsáveis por entretenimentos sofreram uma brusca queda de receitas, especialmente o setor de eventos.

É estimado ainda, que junto ao setor de turismo, os eventos só possam voltar a ativa quando houver uma vacina capaz de imunizar grande parte da população, provendo a segurança necessária para o retorno de atividades que preveem aglomeração em locais públicos ou privados.

Saiba agora quais foram os outros impactos que a pandemia causou no setor de eventos.

Os impactos que a pandemia trouxe para o setor de eventos

Um levantamento realizado pelo Sebrae, em maio deste ano, revelou que ao menos 98% de setor de eventos foi impactado pela pandemia do Covid-19. Mesmo com o número alarmante, cerca de 64% das empresas ainda não precisaram vislumbrar demissões, o que pode ser um grande fator para mostrar a importância econômica que o setor exerce no país.

Ainda que o informe tenha sido positivo, o faturamento dessas empresas deve registrar queda de até 100% no caixa, antevendo uma grande crise que ainda poderá ter consequências mais drásticas.

Eventos culturais também correm grandes riscos. Segundo o Secretário da Cultura do Estado de São Paulo, a perda financeira para essa frente já soma R$ 34 milhões, diminuindo pela metade o PIB de um dos estados mais importantes da Federação.

Alternativas e readaptações

No entanto, apesar de mais da metade do setor conseguir adiar ao máximo as demissões, essas empresas precisam buscar alternativas para renegociar com os contratantes que tiveram seus eventos cancelados.

Em um momento de grandes incertezas financeiras, a primeira alternativa é sempre pedir o reembolso de valores e manter uma reserva para possíveis imprevistos. Mesmo assim, a pesquisa do Sebrae mostra que ao menos 35% das empresas do setor de eventos conseguiram renegociar os valores e mantê-los com créditos para serem utilizados futuramente pelo contratante.

Sem um auxílio emergencial elaborado pelo Governo Federal, esses profissionais têm buscado por melhores linhas de créditos para tentar conter o impacto negativo nas suas contas, além de aproveitar o tempo de inércia para melhorar a gestão do negócio e oferecer capacitação aos funcionários.

Outra alternativa que o setor encontrou para tentar driblar a perda financeira nesse período foi o investimento em lives. Apresentações musicais exibidas ao vivo nas redes sociais, se mostraram um sucesso.

O bom exemplo também permitiu que alguns eventos culturais fossem feitos nessa linha, os “webinars” inundaram plataformas de reuniões e até apresentações de teatro e dança foram realizadas no ambiente on-line, muitas inclusive com o apoio de empresas e editais públicos de alguns municípios, que apesar de estar sofrendo com a baixa arrecadação, conseguiram retorno em um dos setores mais estratégicos para a economia local.

Ainda não se sabe até quando a pandemia irá prevalecer para manter os eventos físicos em “stand-by”, mas é certo que apesar da inevitável crise que o setor precisará enfrentar pelos próximos meses, ainda poderá ser revestida com criatividade e adaptações.