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Discutir a ideia de criar novos roteiros integrando os estados do Maranhão, Piauí e Ceará por meio de trilhas de longo curso com o intuito de aumentar o fluxo turístico na Rota das Emoções de maneira sustentável, valorizando a comunidade local e incentivando o sentimento de pertencimento nessas comunidades. Esse foi o objetivo que norteou o diálogo entre analistas do Sebrae nos três estados e técnicos do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), recentemente em Parnaíba (PI).
A proposta em pauta é criar os novos roteiros, integrando os estados por meio das trilhas de longo curso, a exemplo do que acontece na Transcarioca, no Rio de Janeiro. Essa é uma nova abordagem do turismo, defendida pelo ICMBio, que propõe a ligação das Unidades de Conservação do Brasil, criando uma rede nacional de trilhas.
O objetivo da criação desses novos roteiros é proporcionar maior número de novas experiências e vivências para o turista da Rota das Emoções, destacando o que é característico em cada município, envolvendo também a comunidade, para que se sinta parte desse processo e possa se beneficiar com o desenvolvimento do turismo na região.
“A possibilidade de inserção da Rota das Emoções dentro do Sistema Brasileiro de Trilhas de Longo Curso é mais um passo a ser dado na direção da oferta diversificada aos turistas ávidos pelo ecoturismo e envolvimento com as comunidades locais e também, à valorização da comunidade local”, afirma Flávia Nadler, coordenadora do Núcleo de Atendimento Empresarial do Sebrae em Barreirinhas e gestora de projetos.
“Este será um resultado muito positivo das articulações realizadas no 4º Salão de Turismo da Rota das Emoções, onde representante do instituto falou sobre novos modelos de negócios voltados para uso público nas Unidades de Conservação”, complementa Nadler.
Os principais atrativos da Rota das Emoções são o Parque Nacional de Jericoacoara, o Delta do Parnaíba e o Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses, áreas que estão sob a proteção do ICMBio e que, portanto, tem regras e limitações para visitação.
Para a coordenadora regional do ICMBio na 5ª Região, Ana Célia Coelho, é essencial a aproximação dos órgãos ambientais com os atores envolvidos no processo de desenvolvimento do turismo. “É uma forma de facilitar o diálogo e superar de eventuais entraves, para o alcance da sustentabilidade dessa política, sobretudo quando as iniciativas se desenvolvem em territórios protegidos por Unidades de Conservação”, pontua.
O alinhamento da proposta para criação desses novos roteiros será discutido em nova reunião entre analistas do Sebrae e técnicos do ICMBio, no próximo dia 20 de março, em Parnaíba (PI).
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TRILHAS DE LONGO CURSO
O Sistema Brasileiro de Trilhas de Longo Curso começou a ser implementado pelas Unidades de Conservação. O percurso que liga duas unidades é a chamada “linha tracejada”. As experiências anteriores, tanto em outros países quanto no Brasil, mostram que existe um movimento natural de pressão dos caminhantes para que as “linhas tracejadas” sejam sinalizadas. Para os proprietários de terras por onde passa essa linha surge uma oportunidade de transformar a área em reserva legal ou área de preservação permanente e ainda gerar renda oferecendo serviços como camping e alimentação para os visitantes.
Alguns exemplos são a Trilha Transcarioca, que passa pelo Parque Nacional da Tijuca (RJ) e os Caminhos da Serra do Mar, que passam pelo Parque Nacional da Serra dos Órgãos (RJ). Ambas fazem parte do Corredor Litorâneo, estão sinalizadas e já são percorridas por turistas.
Essa estratégia traz também um sentimento de pertencimento regional e incentiva o protagonismo dos envolvidos locais para cuidar da sua trilha.
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